sábado, 19 de junho de 2010

BP - Derrame de crude no Golfo do México

Após ser alvo de repetidas críticas, o presidente-executivo da BP não encontrou outra solução que não apresentar um sincero pedido de desculpas. "Peço imensa desculpa pela explosão e pelo derrame. A BP vai fazer tudo o que está ao seu alcance para que um desastre destes não se volte a repetir", disse Tony Hatward perante o Congresso norte-americano.

A explosão de uma plataforma petrolífera da BP no Golfo do México a 20 de Abril, e o consequente derrame de crude, já é considerada o maior desastre ambiental dos Estados Unidos.



Para combater esta catástrofe, a BP criou um fundo de 20 mil milhões de dólares (16,3 mil milhões de euros) destinado a cobrir os custos provocados pelo derrame de petróleo, após ter sido pressionada pela Casa Branca.

Segundo a BP, a criação deste megafundo irá pagar as indemnizações a todos os sectores afectados pelo derrame, além de abranger todos os custos de controlo da fuga de petróleo que, segundo as últimas estimativas, é de 60 mil barris por dia, o equivalente a 9,5 milhões de litros.

Já foram várias a tentativas falhadas para parar o derrame de crude, desde uma “tampa” que foi colocada sobre a saída do poço de petróleo, até ao despejo de 30 mil barris de lama pesada e cimento - top kill, nome pela qual é conhecida esta técnica -, a 1.520 metros de profundidade, a um ritmo de 80 barris por minuto.



Neste momento, os engenheiros da British Petroleum estão mais optimistas e apontam para uma possível resolução deste desastre em Agosto, altura em que estará perfurado um poço de emergência que irá tentar estancar este derrame. A ideia é perfurar um poço paralelo que servirá de escoamento (“relief well”). Ou seja, o objectivo é que este poço intercepte o ponto de fuga do poço que está a derramar petróleo e, após esta intercepção, é fechada com cimento e lamas pesadas. Trata-se de um sistema de contenção denominado LMRP (Lower Marine Riser Package), que envolve a utilização de um robô subaquático equipado com uma serra mecânica, cujo objectivo é remover a tubagem danificada e cobrir o local da fuga com uma válvula de contenção.


E quanto aos animais? Quem os protege? O que fazer para os compensar quando a única indemnização que lhes interessa, repor o ecossistema do Golfo do México, vai levar anos a recuperar?


 

































Esperemos que o Homem aprenda com os seus erros… e, embora tenha demorado bastante tempo, penso que a nova geração está a perceber, lentamente, o quão frágil é o nosso Planeta e que se torna extremamente necessário que haja uma harmonia entre os animais, racionais e irracionais (por vezes esqueço-me qual a categoria a que “nós” pertencemos), e a natureza.


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